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O bebê e o seu mundo….a mãe!


Escuto muitas coisas nas minhas andanças por aí e para mim a pior é a versão do bebê terrorista e manipulador que só “quer ficar” no colo dos pais. Imagina só, nascer num lugar cheio de luz, barulhos estranhos e temperatura oscilante. Sentir frio, calor, fome, sede, sono, dor e tédio e por aí vai. E ainda por cima ter que se auto controlar, se acalmar e se consolar. Tudo isso sozinho. E de preferência longe, sem contato físico.

Todas as experiências que afetam o bebê são armazenadas em seu sistema de memória, possibilitando a aquisição de confiança do mundo, ou pelo contrário, de falta de confiança. (Winnicott, 1999)
Quando o bebê nasce, ele não sabe que tem um corpo e todo o mundo que está a sua volta. A mãe, a sua principal cuidadora, faz parte dele mesmo.
Ela, você, a mãe num estado de total devoção consegue sentir-se no lugar do bebê e assim consegue corresponder às necessidades físicas do pequeno. O bebê precisa da mãe, muito e em outras vezes demais. E isso não é exigência, é necessidade.
” (…) você irá conhecer o seu filhinho por causa do seu amor e orgulho. E então você o estudará minunciosamente para dar-lhe todo o auxílio de que necessita, auxílio que ele só pode obter da pessoa que melhor o conhece, quer dizer, de você, que é a mãe dele”. (Winnicott, 1982)
Essa simbiose é necessária para o desenvolvimento integral da criança. Porque essa loucura social de não deixar as mães com os seus filhos muito próximos a ela? O desamparo só traz carência…
Devemos aprender, reaprender com eles ali em cima da foto! Mamíferos que somos, precisamos de acolhimento. ?
E o pai, onde fica nessa relação?
“Pode ajudar a criar um espaço em que a mãe circule à vontade”. (Winnicott, 1982)
É o pai que vai criar condições em casa para que a mãe e o bebê possam ter essa relação de amparo, de forma tranquila e protegida.

Sim, faça cara de paisagem quando escutar algo diferente disso desses conselhos inocentes como deixar o bebê chorando sozinho, se fica muito no colo, mil opiniões se ele está mamando outra vez, se o leite é fraco e tantas outras besteiras mais. : )
É por isso que o meu trabalho se dedica a apoiar a maternidade e paternidade, ajudando-os nesse acolhimento aos pequenos através do toque, carinho e compreensão. O vínculo.

Vem aprender shantala vem! ? 

Denise Gurgel

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